A CGTP-IN, convocou uma grande manifestação nacional para este Sábado, dia 11. O CENA vai estar presente por sabermos que nesta altura de ataque descarado aos direitos dos trabalhadores, só nos resta uma alternativa: lutar! Lutar contra quem diz que vivemos acima das nossas possibilidades, lutar contra quem nos manda emigrar, lutar contra quem nos chama piegas.
Esta manifestação não é um fim em si, é apenas mais uma etapa na afirmação da luta social que cada vez se torna mais ampla e abrangente contra a gestão desumana que este governo tem praticado. Aos que dizem que quem protesta não apresenta alternativas, nós dizemos que os dias de protesto apenas dão voz aos dias passados a idealizar alternativas, a conversar nos locais de trabalho com quem sente dificuldades crescentes no seu quotidiano, a reflectir sobre formas de organização social mais justas, igualitárias e inclusivas.
É tempo de dizer que nada é inevitável quando se discute política em democracia, que a aceitação da inevitabilidade é a rejeição do debate político. A democracia vive do diálogo de ideias e quando isso não é permitido passamos a ter uma democracia ferida de morte e amordaçada.
Na Cultura, sabemos bem as dificuldades que atravessamos há largos anos, sabemos também que, com o esforço de todos, temos aumentado substancialmente a oferta cultural - em quantidade e qualidade - mesmo em tempos de crise económica. A resposta ao nosso esforço tem sido a sucessiva desorçamentação do nosso sector - impondo a precariedade como regra no vínculo laboral - e a tentativa de impor uma Cultura dominante alienante que não estimule o pensamento crítico. Sabemos que a Cultura é fulcral no desenvolvimento de uma sociedade moderna, activa e progressista e é por isso que exigimos: MAIS CULTURA CONTRA A CRISE!
Mais de um milhão de trabalhadores precários, mais de 700 mil desempregados, uma desigualdade salarial crescente, mais pessoas a viverem no limiar da pobreza, sucessivos aumentos dos preços dos serviços (água, electricidade, gás, transportes), tentativa encaputada de descapitalização da Segurança Social, privatizações cegas, é este o estado actual do nosso país. Por isso, é fundamental que no dia 11 de Fevereiro se encha o Terreiro do Paço e que vençamos o medo e a resignação!
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