Esta quinta feira o CENA - Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espectáculo e do Audiovisual e a Comissão de Trabalhadores da AMEC, foram recebidos no Palácio da Ajuda pelos Fundadores da AMEC - Metropolitana de Lisboa. Apesar das reuniões terem sido realizadas em separado, houve sintonia de discurso das duas estruturas representantes dos trabalhadores daquela instituição.
É de louvar que esta reunião tenha acontecido e que resultou de uma pressão constante do CENA e da CT da AMEC sobre os Fundadores da AMEC.
Mostramos a nossa total disponibilidade para participar na solução do problema de fundo da AMEC: a sua suborçamentação. Infelizmente, há problemas de curto prazo que precisam de medidas urgentes que os resolvam.
Foi referido pelos Fundadores que será efectuado um estudo financeiro pela empresa AUDAX e que este estudo começará a ser elaborado na próxima semana. A proposta de viabilização elaborada pela CT foi aconselhada e foram debatidas mais algumas ideias sobre outro tipo de financiamentos e reestruturações dos diferentes organismos que compõem a AMEC. Destacamos neste âmbito a intenção dos Fundadores em explorar a possível passagem da ANSO para a Universidade Nova.
Por outro lado foi mais uma vez salientado o apoio do CENA à continuidade do projecto da AMEC como um todo, com todas as componentes pedagógicas e artístico/profissionais.
Foi defendido pelo CENA que a AMEC necessita de um enquadramento institucional, que garanta soluções mais estáveis de financiamento (p.e. Contrato de Patrocínio para o Conservatório e ANSO, enquadramento da Orquestra na estrutura das Orquestras Regionais) não dependentes da volúvel vontade política dos governantes do momento, ou, como recentemente aconteceu, da reestruturação da estrutura ministerial, que acarretou já a perca de dois fundadores e várias centenas de milhares de euros
.Os representantes do CENA afirmaram que são necessárias medidas urgentes que ponham termo ao ambiente que se vive na AMEC e por isso, reiteram o pedido para que a direcção da Metropolitana seja destituída porque já se mostrou ineficaz ao longo do seu mandato e, mais grave ainda, ao longo dos últimos meses tem tido um comportamento chantagista, imoral e ilegal com os trabalhadores a seu cargo.
Desta reunião não saíram decisões concretas, mas saiu a certeza que tanto os trabalhadores como os Fundadores têm uma enorme vontade de que o projecto da Metropolitana possa continuar a existir com a qualidade que tem evidenciado até hoje. Ficamos agora à espera das acções que os Fundadores possam levar a cabo nesse sentido.
Quanto às questões laborais relativas aos cortes ilegais de vencimento e ao comportamento da direcção, ficou bem claro que mantemo-nos firmes na intenção de prosseguir com todas as acções que acharmos necessárias em defesa dos direitos dos trabalhadores.