Em defesa de políticas culturais e contra os cortes de 100% do sector, mais de mil pessoas vieram assistir à sessão de cinema ao ar livre em frente à Assembleia da República. A acção foi promovida por produtores, realizadores, actores, e organizações entre as quais a Associação Portuguesa de Realizadores (APR), a Associação pelo Documentário (APORDOC) e o CENA.
A sessão homenageou o cinema português, projectando excertos de mais de 300 filmes numa tela gigante num prédio em frente à escadaria. Perante a enchente, a polícia teve que alargar o espaço previsto inicialmente a toda a escadaria, e foram-se juntando pessoas em pé ao longo da sessão.
Os profissionais exigem uma explicação para a situação de falência do Instituto do Cinema (ICA), porque o seu financiamento provem sobretudo de uma taxa sobre a publicidade e não do Orçamento de Estado. Onde está o dinheiro, perguntam.
O governo já redigiu uma nova proposta de Lei do Cinema para alargar as fontes de financiamento, que submeteu à discussão pública e reúne um vasto consenso nesta questão, a sua aprovação é atrasada, enquanto a crise se alastra a todo o sector.