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Greve Geral - Por todos e para todos!
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Greve Geral - Por todos e para todos!
há 565 semanas

 

Greve Geral - Por todos e para todos!

 

A Greve Geral está à porta.

 

O dia 27 de Junho foi o escolhido para pedir aos trabalhadores do país que não trabalhem, para que mostrem que querem o fim da austeridade e uma mudança clara nas políticas e nos intervenientes da governação.

 

Desde a sua marcação, no dia 31 de Maio que a plataforma de apoio à Greve Geral tem vindo a aumentar o número de apoios e são já muitas as organizações e pessoas de todos os sectores políticos, sindicais e sociais que a subscrevem.

 

Mas esta Greve Geral não é apenas para os sindicatos marcarem a agenda nacional, é uma greve que se quer feita, apoiada e divulgada por todos, trabalhadores com vínculos laborais estáveis, trabalhadores precários, desempregados, reformados e pensionistas que vivem com cada vez menos.

 

É uma Greve Geral que pede mais cultura, mais espectáculos e filmes, mais apoio às companhias de teatro, de dança, de circo, mais apoio ao cinema, aos artistas plásticos e aos escritores, e um ensino artístico valorizado e de qualidade.

 

É uma greve que defende o direito de todos os trabalhadores do Espectáculo e do Audiovisual a terem um verdadeiro contrato de trabalho; a terem um salário que dê para as despesas e pago a tempo e horas; a terem uma certificação profissional que os defenda no mercado de trabalho, garantindo todos os direitos laborais e sociais, como qualquer outro trabalhador do país; a terem direito ao trabalho. A perda política do Ministério da Cultura traduziu-se, na prática, numa diminuição drástica de postos de trabalho. 

 

Nas nossas diferentes profissões lidamos com muitas emoções, pedem-nos precisão, concentração máxima, escuta de grupo, treinos e ensaios individuais. Precisamos de estar em boas condições físicas porque são muitas as horas em que trabalhamos com o corpo, em que estamos de pé a segurar uma perche ou uma câmara, em que suamos durante uma cena mais exigente, em que estamos sentados sempre na mesma posição a ensaiar uma obra musical mais complexa, em que passamos muito tempo ao telefone para nos assegurarmos que tudo corre bem com a produção do dia seguinte, em que sofremos lesões mais ou menos graves, em que deitamos centenas de frases ao lixo em busca do argumento perfeito para o filme perfeito.

 

Para cumprir todas estas exigências, qualquer profissional precisa de ter cabeça limpa, estômago cheio e a certeza de ter dinheiro para um tecto. Só assim podemos - quer em trabalho de equipa, quer em trabalho individual - atingir o patamar artístico que o nosso público espera de nós.

 

Paramos por todos e para todos!

 

Paramos para que parem as discriminações salariais pelo simples facto de se ser mulher e para que se parem os despedimentos sumários quando se engravida.

Paramos para que parem as discriminações contra as pessoas que têm opções sexuais que fogem à norma da maioria e contra as pessoas que professam religiões minoritárias em Portugal. Paramos para que as pessoas com deficiência tenham sempre direito ao emprego, um emprego adequado e ajustado às suas capacidades.

É uma greve que defende os jovens e os professores que precisam e lutam por uma Escola Pública melhor e mais democrática; que defende os utentes do Serviço Nacional de Saúde que não vêm aplicado o direito constitucional de serem assistidos de forma gratuita; que defende os utentes dos transportes públicos que, tendo cada vez menos oferta e qualidade neste serviço, são obrigados a pagar cada vez mais pelos bilhetes e passes.

É uma greve que defende os milhares de condutores que passaram a pagar portagens em SCUT's e viram assim aumentado o custo da sua deslocação para o trabalho.

É também uma greve que defende os que tiveram de saír do país para terem pão na mesa e os que para cá vieram à procura desse mesmo pão e que encontraram condições de trabalho miseráveis e tratamentos inaceitáveis por parte dos empregadores e do Estado português.

 

Esta Greve Geral é mais um grito de alerta que se dá a Belém, para um Presidente da República que continua com a cabeça enfiada na areia e nos seus dogmas de acção. Um Presidente da República que não tem a coragem necessária de agir no superior interesse dos seus cidadãos e que, assim, se torna conivente e responsável máximo pela degradação acelerada das condições de vida no país.

 

Os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual são pais, avós, filhos, netos, irmãos, colegas, amigos.

 

Os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual param por eles e pelos outros, solidariamente.

Os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual aderem à Greve Geral porque precisam de um país mais desenvolvido e com um Estado Social forte, com mais emprego e melhores salários. Querem um país realmente democrático e de pensamento livre.

 

Precisamos de reler a Constituição da República e nela descobrir que o direito à cultura está equiparado a todos os outros direitos fundamentais.

 

Precisamos de mais cultura, de mais criação artística, de mais trabalho!

 

Participa nas concentrações e manifestações que o Movimento Sindical Unitário convocou para dia 27 em todo o país, para que a Greve Geral tenha uma expressão de reivindicação e protesto não só nos locais de trabalho mas também nas ruas!

 

 

Mapa das concentrações em todo o país, aqui.