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Dialectus: ex-trabalhadores mantêm união
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1 de Outubro: 3ª concentração Dialectus
há +551 semanas

No dia 2 de Setembro estivemos à porta da Dialectus, as dívidas continuaram por pagar. No dia 16 de Setembro voltámos à porta da Dialectus e as dívidas também continuaram por pagar. Como as dívidas são relativas ao trabalho e esforço de trabalhadores e trabalhadoras que sempre deram o seu melhor pelo projecto em que acreditavam, dia 1 de Outubro. às 15h, voltamos à porta da Dialectus para continuar a exigir o que é deles por direito.

A pergunta continua a ser a mesma: para onde foi o dinheiro destes profissionais? A Dialectus não responde a esta pergunta nem respondeu aos pedidos de reunião enviados pelo CENA.

Dezenas de pessoas já deram o seu testemunho em vídeo (aqui e aqui) e desde o primeiro dia em que o CENA tornou pública a denúncia deste caso têm sido vários os testemunhos por escrito a chegarem aos nossos serviços e várias as mensagens de apoio à nossa acção e das trabalhadoras e trabalhadores lesados.

Neste momento conseguimos apurar uma dívida real de mais de 300 mil euros, mas as informações que nos são dadas é de que o montante total será bastante superior.

As histórias que nos chegam têm valores em euros, prazos e promessas de pagamento não cumpridos, mas têm sobretudo rostos. Pessoas que, como todos nós, precisam de pagar rendas, empréstimos, electricidade, água. Pessoas que têm filhos e que precisam do dinheiro do seu trabalho para os alimentar e educar. Pessoas que achavam estar sozinhas nesta situação e que ficaram contentes porque perceberam que afinal há quem lute com elas e por elas. Pessoas que já tinham desistido de exigir o que é seu por direito e que agora ganharam novas energias. Pessoas que por não receberem o que lhes é devido e por não encontrarem emprego no país, não tiveram outra opção que não emigrar.

Os profissionais lesados pela Dialectus assinaram uma moção no dia 16, essa moção continua aberta à subscrição de todos aqueles que, não podendo estar presentes no protesto, a queiram assinar. Esse texto começa por afirmar que "vivemos tempos difíceis", mas eles são principalmente difíceis para quem vive do seu trabalho. Os trabalhadores e as trabalhadoras do país têm visto os seus ordenados cortados, os seus direitos desaparecer, têm visto diminuir a possibilidade de encontrar um emprego seguro e dignamente remunerado. Se a tudo isto juntarmos atrasos e falta de pagamento de salários e honorários, passamos de vidas que se complicaram a situações dramáticas em que a palavra sobrevivência é a mais importante do quotidiano.

É por isso que o CENA e estes trabalhadores e trabalhadoras não desistirão até que o último cêntimo seja pago. Como já dissemos, sabemos que a Dialectus é apenas a face mais visível deste problema no sector das dobragens, legendagem e traduções, mas é talvez o caso onde aconteceram mais atropelos às relações laborais e de confiança entre empregador e trabalhadores.

O conjunto dos trabalhadores do espectáculo e do audiovisual são dos que mais têm sofrido com os constantes atrasos e faltas de pagamento quer por parte de entidades privadas quer por parte de entidades públicas. A cultura e o entretenimento são fundamentais para o desenvolvimento intelectual e o lazer dos cidadãos. Estes dois sectores prestigiam e promovem publicamente quem os produz e programa, mas não existem sem o trabalho e empenho de quem cria e executa. É por isso inaceitável que os trabalhadores e trabalhadoras não sejam respeitados e remunerados nos prazos e montantes previstos.

Não pode ser normal, não pode ser aceitável.