ARQUIVO
Notícias
 

Sobre a resposta dos produtores do filme RENESSE
há 444 semanas

O CENA obteve resposta dos produtores do filme RENESSE. Dela retiramos três questões fundamentais: 

1 - o reconhecimento de que o cachet proposto para um nú foi um erro; 

2 - a afirmação de que estes figurantes são encarados como voluntários;

3 - que estes valores estão conformes as tabelas de vários países europeus e que são livres de impostos.

Sobre isto tem o CENA a dizer que:

1 - fica satisfeito pelo reconhecimento da irrazoabilidade do cachet para uma cena de nú e a certeza de que esse valor será revisto;

2 - mais uma vez, e tal como tem acontecido noutras situações que denunciámos, é importante distinguir o que é trabalho voluntário real de trabalho voluntário encapotado. Como já afirmámos, nada temos contra o trabalho voluntário, mas ele enquadra-se num conjunto de regras que neste caso não são claramente obedecidas. O trabalho de figuração não pode ser considerado como uma experiência que se compra com um voucher. É um trabalho e em muitos casos de uma enorme precisão. É certo que nem sempre tem de ser realizado por profissionais, mas deve ser sempre remunerado como trabalho que é. 

3 - os valores praticados em Portugal e noutros países são isso mesmo, os valores praticados. No CENA batemo-nos por aquilo que achamos justo e é por isso que através do Questionário aos Trabalhadores do Sector, estamos a recolher informação que nos permita rever e actualizar as tabelas das diferentes áreas.

Apesar de a situação não ter sido totalmente resolvida - as características particulares desta produção e o facto de a produtora ser estrangeira dificultam a nossa intervenção -, mais uma vez, a posição tomada pelo CENA teve um efeito imediato. Só nos foi permitido actuar por termos sido alertados por um trabalhador do sector, provando novamente que só com informação é possível termos uma acção sindical esclarecida, ágil e consequente.

 

 

Resposta dos produtores do filme:

"Dear members of the Cena Sindicato’s Board,

As producer of the film Renesse we would like to react on the complaint about the ‘compensation’ we offer to the extra’s. Volunteering extra’s are not employed on the project. Therefore we don’t think we should consider their ‘rewards’ as remuneration nor as compensation in the sense of a working context. We admit the announcement of the role for the nude part is an unfortunate communication. We want to apologize if this caused any feeling of disrespect towards the sector.

On the other hand, amounts of 20 euros for an extra and 75 euro for an extra giving a certain reaction, are according to our experiences during this and other productions, common in Belgium, Holland and other European countries. These amounts are paid on a quitclaim, so the people receive this money ‘net’, without having to pay taxes. We are not aiming to work with actors but with young people volunteering for the experience of being an extra.

May we ask for your benevolent understanding of our point of view.

Meanwhile, with kind regards,

Liesbet Vaes "